Você sabia que os ambientes físicos influenciam o nosso cérebro? Esse conhecimento é muito importante para os arquitetos, mas também para os síndicos. Somos agentes que contribuem com a melhoria da qualidade de vida e de trabalho de muitas pessoas.

Nos últimos anos intensifiquei os estudos sobre comportamento humano, que é um dos grandes desafios do século, a tal inteligência emocional. Pensar com exatidão, diferenciar problema de preocupação, julgar menos, e essas foram algumas das ferramentas que conheci através da Neurolíguistica e Neurociência. Essas ciências ainda recentes que surgiram em 1970, e que de forma resumida consiste no estudo sobre o sistema nervoso e suas funcionalidades, além de estruturas, processos de desenvolvimento.

Isto é no campo da arquitetura, além do domínio da arte e da técnica é imprescindível estudar relações humanas. Talvez você não tenha ouvido falar ainda, mas a Neuroarquitetura estuda o impacto que os espaços construídos refletem no comportamento humano.

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Somos seres sociais e sensoriais e ao entrar em um ambiente o cérebro produz diferentes substâncias no nosso corpo. Podemos então alterar o humor, ter mais criatividade, colaboração, foco, discrição, disposição, de acordo com o objetivo de cada ambiente. Bem como, aplicando recursos como luminosidade, temperatura, ventilação, paisagismo, acústica, cores, texturas e até mesmo sons e cheiros, indispensáveis para um projeto de qualidade.

Assim como nos últimos anos, tenho visitado vários condomínios em Balneário Camboriú que parecem faltar alma, ambientes vazios, ou mobiliados, porém sem uso, mesmo inseridos na terceira cidade com o m2 mais caro do Brasil. Será negligência? Falta de recurso financeiro? Não sabem o que fazer ou por onde começar?

Nós arquitetos e síndicos temos o desafio de visualizar o potencial de um edifício a longo prazo, planejar, executar ambientes e edifícios mais humanos, eficientes e seguros. Ou seja é importante conhecer bem o cliente, no caso o edifício, identificar seus valores, qual é sua a história, qual é o perfil dos moradores, o que esperam para o futuro daquele edifício. Então nessa parceria é possível atingir melhores resultados de uma forma mais rápida e consciente.

Enfim, o objetivo é gerar conforto, saúde e conexão entre as pessoas através dos ambientes, sendo fundamental para o seu desenvolvimento.

Mirian Rodrigues | Arquiteta e Urbanista