O elevador é o meio de transporte mais seguro existente. De acordo com a Revista Condé Nast Traveller, dos Estados Unidos, a probabilidade de uma fatalidade envolvendo esse meio é de 0,00000015%. Desse modo, andar de elevador é mais seguro até que voar de avião. 

No entanto, apesar da segurança da ferramenta de locomoção, é necessário dar a atenção correta para as vistorias e manutenções nos elevadores, afinal, ninguém quer que esse meio de transporte deixe de ser seguro. Aumento no uso de elevadores e a necessidade das manutenções.

A exemplo do que acontece nas grandes metrópoles do país, na temporada de verão do litoral catarinense, as viagens de elevador passam a ser ainda mais frequentes. Isso acontece pelo fato de mais pessoas estarem nas cidades litorâneas para passarem férias.

Balneário Camboriú, por exemplo, vê sua população triplicar nessa época. Desse modo, com uma habitação majoritariamente verticalizada, a inspeção dos elevadores e a atenção para a frequência no uso se fazem essenciais. 

Para entender sobre o tema, consultamos dois especialistas na área, Leandro Silva, responsável por uma empresa de assistência técnica em elevadores, e Beethoven Nepomuceno, engenheiro mecânico. Ambos têm visões preventivas sobre o tema. O que não é surpresa.

Segurança dos elevadores

Como sabemos, não é necessário criar pânico quanto à segurança no uso de elevadores, como pontuado aqui. De bilhões de viagens realizadas em todo o mundo, o número de eventos fatais não passa das dezenas.

Contudo, ninguém quer vivenciar nenhuma experiência desagradável com o meio de locomoção, desse modo, citamos aqui alguns dos problemas mais comuns ligados aos elevadores: 

  • Inutilização ou violação de contatos de segurança;
  • Resgate inadequado de passageiros presos;
  • Excesso de peso na cabine;
  • Esmagamento (geralmente mãos, braços, pés e pernas);
  • Queda no poço do Elevador;
  • Portas não travadas;
  • Brincadeiras e uso inadequado;
  • Desnivelamento da cabine com o pavimento.
  • Falhas mecânicas como: amortecedores de retardo de porta, falha no sensor de fechamento da porta automática;

Os problemas citados acima não necessariamente podem estar ligados a fatalidades, no entanto, pode ser extremamente desagradável para quem vivencia. Assim, Leandro Silva conta que existem alguns fatores que são significativos para o funcionamento indevido dos elevadores, incluindo a superlotação das cidades: 

“Devido a demanda de uso do equipamento, a maioria dos chamados são provocados infelizmente pelo mau uso.  E outra coisa que também causa muita paralisação é que a cidade enche, e a estrutura não está preparada para receber tantas pessoas. Então a energia elétrica ela oscila muito e acaba, infelizmente, queimando muitos componentes eletrônicos que afetam e ocasionam a paralisação do elevador causando pessoas presas, retidas, e assim por diante”.

Infraestrutura

Com a falta de infraestrutura para tantas pessoas, o sistema elétrico pode comprometer o funcionamento dos elevadores em cidades com altas demandas turísticas. De acordo com o engenheiro Beethoven, é papel do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, o CREA, fiscalizar e fazer vistorias em elevadores.

Ele complementa fazendo uma comparação lúdica: “É como preparar um carro ou um navio para uma grande viagem. Além da manutenção usual, é necessário verificar o nível de desgaste e a necessidade de peças de reposição de todos os principais componentes, especialmente dos itens de segurança”.

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Aumento no uso de elevadores e a necessidade das manutenções

É unanimidade no setor a opinião que prevenir é a chave para manter os números positivos por trás dos elevadores. Apesar de muitos edifícios pecarem nesse quesito, os especialistas contam que não há motivo para alarde, mas, deve haver uma reflexão sobre o uso correto do meio. 

“A manutenção mensal preventiva tem que ser feita todo mês, tá? Todo mês tem que ser executada para que obtenha-se a segurança extrema do equipamento. Então, independente do uso, se ele vai ser muito alto ou menor, ela tem que tá em dia, mensalmente” pontua Leandro. 

Recentemente, a queda de um elevador em um prédio comercial de Florianópolis, no dia 18 de dezembro, deixou três pessoas feridas. De acordo com bombeiros que atenderam a ocorrência, o excesso de passageiros pode ter ocasionado o acidente. A assessoria da corporação observou que a queda aconteceu após o impacto na abertura das portas no terceiro pavimento.

De acordo com as normas técnicas do elevador, a capacidade máxima para uso é de três pessoas, no momento, nove usavam o meio de transporte. Ainda não foi confirmado o motivo da queda, mas, o desrespeito ao limite máximo de usuários pode ter interferido e gerado o acidente.

Dicas de segurança


Vale lembrar que, apesar de inúmeras formas de evitar problemas na utilização dos elevadores, acidentes podem acontecer. Desse modo, caso fique preso dentro do equipamento, aguarde o técnico ou o bombeiro realizarem o resgate.

Demais integrantes de um condomínio, como zeladores e porteiros, não têm habilitação para realizarem resgates a passageiros, desse modo, não podem interferir no resgate, apenas prestar assistência chamando profissionais da área.

Por fim, seguem algumas dicas enviadas pelo Leandro para evitar incidentes em elevadores:  

Uesley Durães | Redação Condomeeting