Saiba a influência dos condomínios no processo de transformação das cidades inteligentes

Antes de mais nada, assim como as cidades estão se tornando mais inteligentes e sustentáveis, os condomínios também têm papel fundamental e grande influência nessa transformação.

Além disso, imagine o Síndico como o prefeito, os condôminos como os moradores desta cidade, e os conselheiros como os vereadores. Quer dizer, o condomínio pode ser visto como a essência de uma cidade inteligente.

Segundo Graziele Carvalho – Doutora e Mestre em Planejamento de Cidades, “é preciso ter uma visão ajustada para entender qual é o impacto e a influência dos cidadãos morando em condomínios, da propriedade condominial no bairro, do bairro nas cidades”.

A ação individual pode impactar no coletivo

Por exemplo, imagine um condômino resolver realizar uma festa as 2 horas da manhã. Com certeza isto irá atrapalhar toda a vizinhança. Assim, a ação individual pode impactar no coletivo, e é este coletivo que dá o equilíbrio à sociedade.

Isto é, para Graziele, “o planejamento estratégico deve ser prioridade para definir as ações dentro dos microssistemas, e quais são os gargalos. O cidadão precisa também ter um espírito digital porque o uso da tecnologia é muito recorrente dentro das cidades inteligentes e nos condomínios não é diferente”.

Daí, com a pandemia, a população analógica teve que migrar rapidamente para o meio digital que foi o maior desafio nos condomínios.  Segundo o Síndico Profissional Fabiano Schlichting, “o cenário foi desafiador, tudo aconteceu muito rápido e tivemos que preservar a questão da saúde, aumentar as regras, ouvir mais os condôminos, conviver com as pessoas dentro de casa e adaptar o condomínio a esta nova realidade de aumento significativo de delivery, por exemplo”.

Os condomínios são minicidades

Acresce que, os condomínios são verdadeiras minicidades e os grandes empreendimentos já oferecem espaços de convivência e lazer que dão mais qualidade de vida aos moradores. Dentre elas salas de massagem, piscinas, hidromassagem e saunas, quadras poliesportivas, lavanderia integrada, salão de beleza, academia e serviços de personal trainer, até serviços de babá, minimercado, feira e restaurante dentro dos condomínios.

A saber, aumentou consideravelmente a produção de lixo com a pandemia, daí a necessidade do destino correto para a reciclagem e outros programas sustentáveis. “Em São Paulo existem empresas que atendem os condomínios e oferecem até programas de pontuação pelo volume de lixo descartado corretamente”, destacou Fabiano.

De acordo com Claudir Maciel, Construtor e administrador com vasta experiência em desenvolvimento urbano e econômico das cidades, “as regras do país influenciam na vida em cidades e condomínios. E tudo depende da participação efetiva dos cidadãos, para transformar as cidades e prédios em estruturas inteligentes e sustentáveis, resultando numa vida melhor em sociedade”.

Balneário Camboriú é exemplo de cidade verticalizada

Assim, “o plano diretor da cidade é o que define como ela vai se desenvolver.  No caso de Balneário Camboriú que é considerada uma das cidades mais verticalizadas do país, chegou a esta categoria hoje de cidade inteligente, graças a ações antigas da década de 70 que definiram as avenidas, o desenvolvimento do comércio e com a atualização do plano diretor, possibilizou a construção de grandes edificações”, acrescentou Claudir.

Então, a ideia é não precisar atravessar a cidade para levar o filho na escola ou ir ao supermercado. “Pessoas mais inteligentes apresentam soluções e um planejamento mais adequado. A verticalização otimiza os serviços. Com Prédios mais altos ocupa-se menos espaço, comporta somente uma ligação água, uma de esgoto, além de aumentar significativamente a receita do município.

A cidade inteligente usa das tecnologias para o bem-estar dos cidadãos

Enquanto isso, segundo o Estatuto das Cidades do Brasil, desde 2001 já se fala sobre cidades inteligentes e sustentáveis para melhorar a qualidade de vida tanto no setor público quanto privado. Para Graziele, “a questão da eficiência de processos visando economia de tempo e recursos, aliado a tecnologia e a prestação dos melhores serviços”.

De fato, a cidade inteligente não é a internet nem a lâmpada de led na praça, mas sim o uso das tecnologias, para melhorar com mais rapidez a eficiência dos serviços prestados aos cidadãos, ou seja, focar na qualidade de vida.

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