O iluminador das obras de Oscar Niemeyer, Peter Gasper, utilizava muito a frase: “A luz não tem ouvido”. Isto porque quando pensamos que para explicar a luz precisamos mostrar, apresentar a luz num cenário. Em um projeto de iluminação não basta colocar a luz, o Iluminador calcula a quantidade de luz necessária para cada ambiente, cria cenário.

Um erro recorrente nos condomínios é que o síndico se preocupa somente em trocar uma lâmpada
pela outra, e não tem ideia que lâmpadas de igual aparência podem iluminar com mais ou menos intensidade, isso se deve ao fluxo luminoso de cada fabricante, e os locais de onde estão instaladas podem ser equivocados.

Para a arquiteta Gabriela Radaelli a iluminação traz o bem-estar, ajuda a relaxar, trabalhar e ter foco no que está fazendo. Um exemplo é o ponto de luz na cozinha, geralmente é central, porém trabalhamos debruçados em uma bancada, a luz fica atrás, criando uma sombra.

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A luz está em crescente ascensão, a cada três meses surgem tecnologias novas, com diversos formatos, automação já incorporada às luminárias reproduzindo a luz do sol, música, internet, ideais por exemplo para salões de festas, onde a festa começa com um fluxo de luz, tem um pico e diminui de acordo com a hora, avisando que a festa está acabando, perceba que, com pouca luz, o tom de voz vai diminuindo e a festa acabando.

Usando luminárias corretas é possível diminuir custos. Tivemos um exemplo de uma casa com 150 pontos de luz e depois da readequação passou para 50 pontos e continuou super iluminada e com a conta de luz reduzida.

Iluminação de jardim pinta paredes, você já se deparou com um prédio refletindo a cor verde? Isto acontece porque a fonte de luz do jardim foi colocada no local errado, lembre-se a beleza das coisas estão nos detalhes e a luz, quando usada corretamente, passa despercebida, valoriza e embeleza.

Com relação a troca de luminárias com placas de LED, devem ser substituídas por novas, pois tem baixo custo, e também porque são 96 % recicláveis, sem falar que podem durar até 8 anos.

No caso dos condomínios mais antigos onde há fios rígidos, mal dimensionados, com lâmpadas de que gastam excessivamente, é necessário fazer o retrofit elétrico, atualizando a fiação para evitar a sobrecarga, gerando maior economia. A fiação de iluminação é substituída por fios de 0,75 a 1,5 mm e com essa readequação o condomínio utilizará luminárias tecnologicamente mais eficientes.

Pensando em Hall de Entrada: é ambiente de passagem certo? As pessoas não sentam e leem um livro, então optar por uma iluminação cênica vai causar um impacto maior. Já as garagens o objetivo é iluminar, gastar pouco e diminuir manutenção. Gerar economia permanente para o condomínio é o objetivo do retrofit na iluminação, investir nela vai refletir no bolso dos moradores por um longo período.

Ao fazer o retrofit da iluminação, entregamos um caderno ao síndico ou zelador, apontando as luminárias de cada ambiente, com a especificação técnica, facilitando substituições futuras. Outra dica importante sempre contratar eletricistas especializados nas novas tecnologias. E você síndico, qual a sua dúvida sobre a iluminação do seu condomínio?

Gabriela Radaelli | Projeto de Interiores: Arquiteta Elaine Gurevich