Promover a compreensão e inclusão de autistas em condomínios é essencial para criar ambientes acolhedores
Diariamente, indivíduos portadores do transtorno do espectro autista (TEA) deparam-se com desafios. O autismo apresenta variados níveis de complexidade e demanda ambientes isentos de abusos, preconceitos e discriminações, principalmente em condomínios.
Dessa forma, é fundamental que as normas condominiais sejam ajustadas de maneira a promover uma convivência harmoniosa, especialmente para aqueles que lidam com o TEA.
Por isso, nesse artigo aprofundaremos o entendimento sobre o autismo, a fim de acolher as pessoas que enfrentam esse transtorno dentro de condomínios, harmonizando as regulamentações para oferecer suporte e oportunidades.
_____________________________________________________________________________________________________
Talvez você tenha interesse:
- Um novo conceito em suportes para balanços
- A realidade da virada de ano nos condomínios de Balneário Camboriú
- Construtora de Itapema presenteia funcionários com apartamentos
- Aplicativos de gestão de manutenção para condomínios
- Condomínio em multipropriedade e a convenção condominial
____________________________________________________________________________________________________
Compreendendo o autismo
O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a maneira como uma pessoa pensa, sente, se comunica e se relaciona.
Enquadrado na lista de transtornos de desenvolvimento relacionados ao autismo (ASD) pela Organização Mundial de Saúde (OMS), onde estão inseridos outros transtornos como o de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), o TEA abrange uma gama de condições que afetam a comunicação, interação social e comportamento.
A Lei Federal nº 12.764/12, conhecida como Lei Berenice, estabelece a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA. Esta legislação assegura direitos fundamentais, incluindo vida digna, integridade física, proteção contra abusos e discriminação.
Além disso, os autistas são considerados pessoas com deficiência pela Lei Brasileira de Inclusão (LBI), nº 13.146/2015. O artigo 88 dessa lei define penalidades para discriminação de autistas, incluindo multas e reclusão.
Desafios e estratégias em Condomínios
Ao conviver com autista, é preciso compreender que situações aparentemente casuais podem aborrecê-lo. Por isso, recomenda-se adaptar-se e respeitar as suas limitações, entre elas:
- Som alto ou muitas pessoas falando ao mesmo tempo;
- Mudança repentina na rotina;
- Puxar uma conversa ou insistir em alguns assuntos que não quer falar;
- Contato físico (alguns não gostam de abraçar, nem ser tocados).
Portanto, deve-se criar uma comunidade inclusiva, que entende o autismo e apoia os residentes do condomínio com TEA. Aqui vão algumas estratégias para se adotar no condomínio e melhorar a convivência:
- Reuniões para discutir a inclusão de pessoas com autismo;
- Treinamento para funcionários e moradores sobre o TEA;
- Orientação sobre tolerância ao barulho;
- Estabelecimento de protocolos para funcionários;
- Criação de um banco de dados para registro de residentes com autismo;
- Antecipação das necessidades dos autistas.
A importância da conscientização
Primeiramente, precisamos combater o estigma e os estereótipos associados ao TEA, promovendo uma compreensão mais ampla e precisa da diversidade neurocognitiva.
Ao aumentar o conhecimento sobre o autismo nos condomínios, cria-se uma sociedade mais empática, capaz de reconhecer e respeitar as necessidades individuais das pessoas com espectro autista.
Por exemplo, alguns moradores autistas podem manifestar comportamentos que geram desconforto, mas é crucial entender que tais ações não são intencionais e fazem parte da condição.
A comunicação é uma grande amiga do síndico nessas situções. Portanto, informar os vizinhos sobre o autismo, seja através de placas ou comunicados, é essencial. Conhecimento gera empatia e ajuda a evitar mal-entendidos.
Por fim, a convivência com autistas em condomínios requer compreensão, tolerância e medidas inclusivas. Ao seguir estratégias de conscientização e promover o entendimento, é possível criar ambientes acolhedores e respeitosos para todos.