Há pouco mais de 90 dias, adultos e crianças estão confinados em suas casas para se prevenir contra o COVID-19. Juntamente com o vírus, novos hábitos de vida precisaram ser ajustados, o Home Office e as Aulas Online. Viu-se necessário uma adaptação rápida e emergencial para todos os membros da família.
Os adultos, precisaram dar conta das suas obrigações, com o trabalho, os afazeres de casa e também se tornaram professores de seus próprios filhos, alguém foi treinado ou preparado para essa função? Não!
Neste momento os pais, viram o quanto é trabalhoso e difícil “ensinar” alguém, imagina fazer isso com 20/30 crianças em sala? Agora o professor, está sendo devidamente reconhecido, admirado e principalmente, valorizado pelo dom de ensinar!
Não existe uma cartilha, um manual de instruções, nenhum educador famoso, e/ou experiente, escritor de livros ou palestrante, irá trazer aqui, uma resposta pronta e de sucesso. Cada dia tem sido um dia, cada semana uma semana, todos nós estamos vivendo os limites da emoção (altos e baixos constantes), não só os adultos assim como as crianças, que sentiram ainda mais o impacto.
Por não poderem ir à escola, precisando fazer aulas virtuais na frente de um computador, não podem visitar os avós que tem uma grande importância no desenvolvimento e crescimento dessas crianças.
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Venho hoje, com algumas dicas que podem ajudar a diminuir a tensão das crianças que vivem em apartamentos.
– Quadro de rotina: com os dias da semana, horário das aulas virtuais, em seguida pode ter um horário para brincar, horário do almoço, atividades extras (aulas de inglês, dança, canto, etc), outro horário para brincar, em seguida o jantar. Em cada espaço, a criança deve preencher com um smile (Feliz/Razoável ou Triste) e ao final da semana, em uma conversa com os pais sobre o desempenho da criança, uma recompensa pode ser oferecida, mas não precisa ser algo que um valor monetário seja investido, mas sim algo que possa ser feito em família como: uma receita gostosa, uma cabana no meio da sala, um filme com pipoca, o que a criatividade e o desejo da criança trouxer.
– Brincadeiras na varanda: fazer contorno da sombra de alguém com giz de lousa, pintura com guache/aquarela/canetinha de uma paisagem ou qualquer outro desenho.
– Leitura Compartilhada de um livro que a criança possa escolher e cada um lê um pouco.
Para os maiores, recomendo conversar sobre os assuntos atuais, pedir que a criança fale o que sabe, conte o que sente, para assim ela conseguir expressar-se, formando um pensamento crítico e uma possível opinião.
Não é necessário, ficar criando, inventando muitas atividades para as crianças, elas também seus momentos de criação, tédio e empolgação e está tudo bem!
Devemos em família, respeitar o tempo e o espaço de cada um e lembrar que os momentos no coletivo são importantes e necessários para a família manter-se unida e ciente de que tudo isso vai passar!
Samea Cristina – Pedagoga, Especialista em “Distúrbios de Aprendizagem”, com cinco especializações na área educacional e experiência de 15 anos em escolas privadas de São Paulo, atualmente assessora professores em adaptações de atividades e elaboração de currículo e também auxília alunos dando suporte nas dúvidas da escola.
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