‘Inicialmente, o distanciamento social segue sendo uma das principais medidas de prevenção para deter a disseminação de corona vírus’.

Primeiramente, com o distanciamento social, as pessoas estão passando mais tempo em suas casas, obteve um grande aumento de reclamações entre os moradores. Até então, grande parte da maioria das pessoas não tinha o hábito de ficar a maior parte do dia dentro de casa. Essa mudança já dura meses e poderá se estender.

Ainda mais, esse fato gera ansiedade nas pessoas dentro de casa, e por conta disso barulho de mudanças, reformas, modificações, animais, secador, liquidificador, som, crianças, conversas altas entre outros pode desencadear muitos conflitos entre moradores.

Assim, acredito que o síndico precise reforçar as dicas de boa convivência para que prevaleça a harmonia. Para quem trabalha em casa pode ser insuportável o barulho de obras por exemplo.

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O seu direito termina onde começa o do outro

De antemão, o Bom senso e a conscientização são palavras que nunca fizeram tanto sentido como agora. As pessoas precisam entender que o seu direito termina onde começa o do outro.

Ainda por cima, o momento exige empatia e espera-se que todos se coloquem no lugar do próximo para enfrentar esse período da melhor forma.

Isto é, o síndico está amparado pelo artigo 1.336 do código civil, que estabelece os direitos e deveres do próprio condômino, ou seja, a unidade habitacional pertence ao morador, mas ele deve exercer essa propriedade pensando na segurança, sossego e saúde dos demais.

Todo síndico precisa ser um mediador

Naturalmente, nenhum edifício deseja um síndico autoritário, mas ao mesmo tempo ele não deve se eximir da ação frente às adversidades. Todo o síndico precisa ser um mediador. Desafios de convivência estarão presentes em qualquer lugar. O traquejo social precisa ser aguçado.

Logo, o diálogo é a solução mais indicada e mais recomendada, pois representa uma economia para os envolvidos. Existe outro fator que também gera conflito: o descumprimento das regras de isolamento e procedimentos do regimento interno.

Conflitos intensificaram

Por exemplo, todas as formas de conflito não foram criadas com a pandemia, mas sim aumentadas. Como a demanda de reclamações intensificou, o síndico é constantemente acionado pelos mais variados motivos em qualquer horário, em qualquer tom, com qualquer tipo de linguagem, sofre ameaças, é denegrido e até mesmo agredido das mais variadas formas.

Por isso, as pessoas precisam entender que ele é um ser humano assim como qualquer um. O respeito não se deve ter apenas com os vizinhos, mas sim com todos os funcionários e prestadores de serviçoque estejam no edifício.

Dicas de bom convívio:

  • Respeitar os horários comerciais para solicitar algo, com exceções de casos emergenciais;
  • Ser educado com as palavras, pois podemos dizer tudo o que quisermos para uma pessoa, desde que seja da forma correta;
  • Respeitar os grupos de aplicativo de mensagens não enviando conteúdos inapropriados;
  • Repensar se é mesmo essencial ou supérfluo o chamado para o síndico pós-horário comercial.

Que o bom senso das pessoas prevaleça sobre a intolerância. Assim garantimos uma boa convivência. Que o respeito seja o alicerce das relações.

Autor:

Rosecler Machado
Síndica Profissional