Os recentes aumentos na conta de energia, as mudanças climáticas, falta de chuva e má administração das contas públicas, além da crise do nosso sistema energético tem sido cada vez mais pesada no bolso do consumidor. Uma situação que se agrava a cada dia e sem solução a curto prazo.
Com certeza esse cenário deixa os condomínios com uma conta cada vez mais pesada e com condôminos cada vez mais insatisfeitos.
Bem como, a energia solar para condomínio permite suprir a demanda por energia elétrica para as áreas comuns, levando a redução nos custos com eletricidade, valorização do empreendimento e sustentabilidade. A geração é feita a partir da instalação de placas fotovoltaicas, responsáveis por transformar a luz solar em energia elétrica.
O condomínio é um ecossistema diferente e como tal precisa ser analisado e tratado. Por mais incrível que pareça, sim, é possível ter energia fotovoltaica em condomínios.
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Definição do espaço
Claro que alguns aspectos são muito importantes, como o espaço disponível, sombreamento e principalmente, a ciência de que nem sempre será possível gerar energia suficiente para suprir toda a demanda do condomínio.
Sem esquecer, é claro, que tudo tem sempre que passar pela anuência da assembleia. Vale lembrar que um projeto bem feito e executado é essencial para que essa aquisição não vire uma dor de cabeça.
Sendo assim, o espaço costuma ser o aspecto mais limitante para aquisição de um projeto fotovoltaico para condomínio. O espaço de telhado é muito limitado, especialmente levando-se em consideração que o tamanho de uma placa solar gira em torno de 2×1. Em prédios com cobertura há ainda a possibilidade de este espaço fazer parte do apartamento e não da área comum, portanto, não podendo ser usada.
E a fachada do prédio?
Sim, há a possibilidade, mas a instalação vertical da placa faz com que ela não seja tão eficiente quanto ela pode e, não gere toda a energia que ela geraria estando na posição adequada.
Há também a possibilidade da instalação em garagens, mas isso em prédios mais antigos. Os mais novos hoje usam o subsolo para este fim, mas não precisa desanimar, há sim outras possibilidades.
Se a autoprodução, ou seja, a implantação de uma usina fotovoltaica em seu condomínio estiver fora de questão, uma ótima opção é a geração compartilhada, regulada pela Resolução da Aneel 687/2015.
As Usinas e a geração compartilhada
Condomínios e também condôminos podem usar energia fotovoltaica gerada em usinas remotas, fazendas ou comunidades solares. Por meio da geração compartilhada, essa usina compensa créditos em diferentes CNPJs ou CPFs, ou seja, condomínios e condôminos, via consórcio e/ou cooperativa de energia, mas desde que seja dentro da mesma área de concessão da distribuidora.
Cada um destes sistemas tem as suas vantagens. Ter a sua própria usina de energia fotovoltaica pode ajudar o condomínio a suprir até 95% da conta de energia das áreas comuns, porém deve ter espaço, o que nem sempre é possível.
Outro ponto a ser considerado é que neste tipo de projeto, as unidades autônomas não serão contempladas. Na verdade, ainda está em discussão a implantação de sistemas fotovoltaicos em apartamentos e, embora haja muitos estudos como por exemplo as películas solares que são capazes de transformar energia solar em energia elétrica, ainda não é uma realidade.

Marco Aurélio Souto | Especialista em Eficiência Energética
