Uma decisão da Justiça determinou a soltura de um ex-síndico suspeito de desviar R$ 700 mil de um condomínio de luxo de Londrina, no norte do Paraná. Ele havia sido preso na quarta-feira, 11 de agosto, em Itapetininga, no interior de São Paulo.
Conforme documento do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), a decisão acontece porque o suspeito não apresenta mais risco, uma vez que foi afastado do cargo.
A decisão ainda questiona a prisão, afirmando que foi “desproporcional” e que cometeu uma injustiça, entendendo que prisões durante a pandemia devem ocorrer em casos excepcionais.
Segundo a polícia, os crimes aconteceram entre os anos de 2016 e 2017. Em depoimento, o suspeito disse que usou o dinheiro para investir em criptomoedas.
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Apesar disso, segundo ele, o corretor que administrava o investimento desapareceu com o montante.
Polícia Civil do Paraná, PCPR — Foto: Polícia Civil/Divulgação
A suspeita surgiu após os moradores do prédio desconfiarem da prestação de contas. Depois da troca de síndico, indícios de desvio foram identificados.
A Polícia Civil informou que o homem não apresentou provas da versão relatada durante o depoimento e que o suposto investimento foi feito sem que os moradores do condomínio soubessem.
Uma auditoria contratada pelo condomínio mostrou que o total de transferência em cinco anos chega a quase R$ 1,2 milhão. A polícia acredita que o suspeito falsificava extratos bancários para enganar moradores e a empresa administradora.
Além disso, a investigação identificou que os desvios feitos pelo ex-síndico aconteciam por meio de saques em dinheiro ou por transferências bancárias para contas de pessoas que nunca prestaram serviços ao prédio.
A polícia disse ainda que o suspeito também enviava dinheiro para contas bancárias de duas empresas que são propriedades dele.
Cerca de 600 moradores vivem no prédio.
O caso é investigado.
Fonte: G1