Quando administramos um condomínio como síndico, a principal missão é a financeira, e geralmente os moradores desejam gastar menos, ter equilíbrio financeiro e  que as obras e benfeitorias sejam feitas sem que haja desvios.

Assim como pessoas físicas e jurídicas, que possuem receitas diversificadas, como vendas, serviços, aluguéis, comissões e outras, os condomínios basicamente sobrevivem financeiramente das taxas condominiais e os rateios. 

Conforme o Aurélio, a definição de condomínio é o domínio exercido juntamente com outrem, coproprietários.

No Art. 1335 do Código Civil, nos deveres dos condomínios: I – Contribuir para as despesas do condomínio, na proporção de suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção.

Art. 1348 do Código Civil, compete ao síndico: VI – Elaborar o orçamento da receita e da despesa relativo a cada ano; VII – Cobrar dos condôminos as suas contribuições, bem como impor e cobrar as multas devidas, VIII – prestar contas à assembléia, anualmente e quando exigidas.

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Redução de custos

Sobretudo é importante frisar que no que diz respeito à redução de custos, vai em direção ao orçamento plural, negociação dos custos, adequação da mão de obra, usar o máximo da garantia construtiva, acionar o seguro em todos os casos, e definir o que não economizar.

Equilíbrio Financeiro

Já em relação aos controles financeiros, desse modo, é necessário elaborar um fluxo de caixa com controle do fundo de reserva e outros fundos. Ou seja fazer o controle da inadimplência, manter a liquidez do caixa, evitar o máximo o pagamento com atraso, analisar os balancetes além de reduzir despesas não previstas com planejamento.

Bem como, é preciso também criar fundo para eventuais indenizações, em ações trabalhistas e civis, gerar  novos recursos (economia, taxa, chamada de capital) e cuidar de despesas sazonais. O gestor deve estar atento também para utilizar as melhores formas de pagamento (DDR, DA, PIX, dinheiro…) e acompanhar a previsão Orçamentária;

Realização de obras 

Para realização destas obras, se faz necessário juntar recursos, fazer licitações, fazer a escolha de fornecedores, verificar a aprovação em assembleia, executar e acompanhar a obra.

A fiscalização é o passo chave para que tudo saia como planejado. Portanto, é necessário que o conselho fiscal se faça sempre presente. Métodos de auditoria, compliance e organização de contas são muito úteis nesta etapa.

A transparência, por meio do código de ética, deve nortear todas as obras, para que não haja problemas relacionados ao não fechamento das contas. Outros fatores que também devem ser observados são a conciliação das contas, contratos com fornecedores com acompanhamento, proteção contra roubos e desvios.

Outros tópicos úteis:

– Previsão orçamentária, como instrumento de acompanhamento das receitas e despesas;

– Plano diretor de investimentos, para que tenha objetivos e metas claras;

– Trabalhar a ferramenta de projetos, para analisar investimento e custo x benefícios;

– Utilizar das novas tecnologias e sistemas para facilitar e trazer mais segurança;

– Pensar como proprietário, para que não haja desvio de rota;

Finanças em condomínios

Por fim, o gestor precisa entender que todo o cuidado é pouco, pois  estamos administrando recursos de terceiros.

Luiz Kiyoshi Nakayama, Síndico com aproximadamente 18 anos de experiência, Síndico 5 Estrelas, finalista e premiado no Concurso Síndico Planning.