Durante a pandemia, atendimentos a domicílio por telemedicina aumentaram consideravelmente

O atendimento domiciliar, ou, ‘home care’, é o atendimento personalizado médico ou de apoio técnico prestado em casa. Esse auxílio é exercido de forma individual e caracterizado por uma maior comodidade, já que esse método privilegia o tratamento na residência do paciente. Home care como alternativa a saúde em tempos de pandemia.

Para entender mais sobre o tema, recebemos Gislaine Alves, enfermeira intensivista e CEO da Gestão Integrada de Saúde. Ela nos conta de que forma o home care está se tornando tendência na área de cuidados e como o método auxilia na melhora da qualidade de vida de pessoas debilitadas. 

A enfermeira, responsável pela Gestão e atuante na área de cuidados domiciliares durante anos, conta que, a partir do home care, é possível realizar diversos exames.

Mesmo na comodidade do lar. De acordo com ela, não é mais necessário ir até uma unidade médica para fazer exames como espirometria e eletrocardiograma, por exemplo. 

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Com a pandemia o atendimento a domicílio se popularizou

A partir do momento delicado vivido pela humanidade decorrente da pandemia de covid-19, o modo das pessoas se relacionarem com tarefas rotineiras se transformou. Com a saúde não foi diferente.

Percebendo os hospitais lotados e um perigo à solta por conta do vírus, pacientes, principalmente os mais debilitados e pertencentes a grupos de risco, tiveram que encontrar outra forma de realizar exames e tratar de seus problemas de saúde.

A partir da aprovação da Lei nº 13.989/2020, que possibilita a telemedicina no Brasil, o número de atendimentos domiciliares por intermédio da tecnologia aumentaram gradativamente.

Dados da Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, mostram que entre 2020 e 2021, mais de 7,5 milhões de atendimentos foram realizados, por mais de 52,2 mil médicos. 

“A gente teve uma demanda muito grande durante a pandemia. A gente cresceu muito com esse serviço. Pois, com os hospitais lotados, só ficavam lá quem realmente precisava. Alguém com uma dificuldade respiratória muito forte, comprometimento pulmonar. Então como a gente oferece esse serviço, esse paciente ia pra residência, e a gente continuava monitorando.” pontua a enfermeira.

Comodidade do home care

Desse modo, com o advento do atendimento domiciliar, o paciente não precisa se expor a um risco maior. Ainda existe uma resistência maior por meio das pessoas em serem internadas de forma convencional, de acordo com Gislaine. Com o home care, o processo se torna mais cômodo. 

“A gente diminui nesse paciente a necessidade de ir lá fazer um exame, perder tempo em deslocamento, às vezes a pessoa tem perda de força muscular, aí precisa de um cuidador, um outro pra ajudar. Então a gente tira tudo isso e vai lá e realiza o procedimento. A recuperação fica mais rápida” conta Gislaine.

Na conversa, a especialista frisa ainda que o serviço não é direcionado apenas para um perfil de paciente específico. O atendimento é focado em todas as recuperações.

Dessa forma, idosos, pessoas com dificuldade de mobilidade, pessoas no pós-operatório, no pós-parto, todas essas pessoas podem se beneficiar com o processo. 

Home care como alternativa à saúde em tempos de pandemias, solução

É importante lembrar que nem tudo se consegue tratar em casa, mas, com o auxílio de tecnologia, por exemplo, o processo pode ser facilitado.

Gislaine conta ainda que estão desenvolvendo um app que facilita no acesso às informações prestadas sobre o paciente. Constando ali questões básicas do que a pessoa precisa em sua recuperação. 

A solução vem como uma alternativa aos condomínios também, levando em consideração a comodidade do acesso a cuidados. Num ambiente tão plural, como os residenciais, onde moram pessoas dos mais diferentes perfis, ter opções para tratar da saúde é essencial para auxiliar na qualidade de vida dos moradores. 

Você também pode conferir a entrevista de Mirian Rodrigues com a enfermeira para a CondTV:

Uesley Durães | Redação Condomeeting