A saber, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 70 milhões de pessoas no mundo são autistas. No Brasil, são 2 milhões.

Por isso, as chances de você já ter convivido ou conviver com uma pessoa com o transtorno espectro autista (TEA) são altas.

A acessibilidade e inclusão de pessoas é garantida pela Lei n.o 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência).

A presença de autistas em condomínios revela particularidades, entre elas, histórias de acolhimento, bem como aumento significativo de casos de discriminação e intolerância.

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Acolhimento é a chave

Nestes casos, o que fazer primeiro? Você pode começar buscando informação e ajuda sobre o tema autismo, iniciando uma rede de conscientização entre vizinhos, funcionários e visitantes, para que a boa convivência prevaleça no condomínio e, principalmente, sejam garantidos os direitos da pessoa autista.

Você pode encontrar ajuda na Associação de Pais e Amigos do Autista da sua cidade, como, a AMA Itajaí, entre outras instituições públicas e privadas, que podem agendar palestras ou ações de sensibilização sobre o tema. Pode-se incluir esta pauta na assembleia do condomínio, levando informações para todos.

Outras dicas que podem auxiliar são a comunicação clara e concisa, além da previsibilidade, com horários regulares para eventos e atividades, e a criação de áreas mais preservadas, calmas e tranquilas. Estas são estratégias que podem auxiliar pessoas com autismo, de forma a se sentirem mais confortáveis e bem no ambiente do condomínio.

Para conquistar a inclusão social é necessário atitude e uma estrutura arquitetônica adequada. Assim, evita-se a discriminação (capacitismo), busca-se aumentar a segurança, apresenta-se elementos que ajudam na identificação de uma crise ou desregulação sensorial e, por consequência, diminuem as reclamações de barulho e acusações ou suspeitas de maustratos ou brigas entres visitas.

Por fim, informação para dentro das casas e apartamentos é um passo importante nesta caminhada inclusiva. Em conclusão, rede de apoio entre vizinhos e o síndico amigo do autista são diferenciais para uma sociedade mais justa para todos.

Aline Seubert | Diretora Pedagógica da AMA de Itajaí