Qual a importância da integração entre a polícia e os condomínios na segurança da comunidade?

A grande maioria das ocorrências de furtos em condomínios se dá pelo princípio da oportunidade. E em Balneário Camboriú o panorama atual mostra uma preocupação com a segurança, tanto dos síndicos como da Polícia Militar, diante dos números que aumentaram consideravelmente nos últimos meses de furtos de bicicletas.

Segundo o Comandante da Policia Militar, Tenente Coronel Alexandre Coelho Vieira, ‘a comunidade precisa se conscientizar e apoiar as ações de segurança, ficando atento a situações de risco à sua rotina ao sair e entrar pelo portão da garagem ou entrada principal do condomínio”.

Cada condomínio tem um perfil e o maior agravante é aqueles sem porteiros

“Neste caso os síndicos devem investir em ações mais efetivas de segurança, reforçando os controles de acessos e dispositivos como fechaduras e travas mais eficientes, que possam dificultar a entrada dos ladrões. Até mesmo as eletro-ímãs eles quebram facilmente.

Outra dica é investir em portões com fechamentos mais rápidos e nunca ao entrar pela garagem, esperar que o portão feche sozinho. Também evitar que outras pessoas não conhecidas adentrem ao condomínio junto com você por ambas as entradas”, destacou o Comandante, lembrando que outra falha dos moradores é deixar as bicicletas nas garagens sem os cadeados.

Para o Presidente da Asbalc – Associação dos Síndicos de Balneário Camboriú, Carlos Spillere, “cada condomínio precisa fazer a sua parte para que essa incidência de furtos diminua. A polícia militar vem fazendo a sua parte e até mesmo a Rede de Vizinhos pode ser uma alternativa entre os condomínios em determinadas ruas e quadras da cidade”.

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Aplicativo ajuda no mapeamento de ocorrências

O aplicativo PMSC Cidadão está disponível para ser baixado por qualquer pessoa e serve como um canal direto com a central da polícia militar, além de auxiliar no registro de ocorrências, ajudando no mapeamento das ocorrências e testemunho das vítimas. Porém é preciso que as pessoas que tiveram objetos furtados façam o boletim de ocorrência.

Outro aliado da polícia na identificação e prisão de criminosos tem sido as imagens com qualidade das câmeras de monitoramento dos condomínios. Para o Consultor em Segurança, Fernando José Luiz, “o ideal é que as câmeras filmem e gravem as imagens com boa resolução inclusive no período noturno, e que captem as principais áreas de circulação do condomínio”.

Foi constatado pela polícia que os furtos de bicicletas acontecem para manter o vício de quem os pratica. E nos casos em que os moradores forem surpreendidos o conselho é manter a calma, não reagir e atender as ordens deles.
Os síndicos têm papel fundamental na segurança dos condôminos. Sendo assim é ideal fazer um diagnóstico completo da situação de risco e dos entornos, montando um cronograma de ações que podem ser adotados.

Segurança não é despesa e sim investimento

A dica do Consultor Fernando José Luiz é que condomínio invista em sistemas e controles de aceso de acordo com a sua situação financeira. “Segurança não é despesa e sim investimento em qualidade de vida e conforto das pessoas que moram ali. “Se não pode comprar 30, compra 5 câmeras num mês, depois mais 5 e assim vai aumentando a segurança da edificação”, destacou ele.

Para Carlos Spillere os cuidados e a atenção dos próprios moradores é fundamental na segurança do condomínio. “Tem gente que só falta estender um tapete vermelho para a pessoa entrar sem identificação, achando sempre que é um morador, e com isso estão praticando delitos com toda a liberdade”.

A polícia prende e a justiça solta

O Comandante explicou que até no OLX a polícia tem conseguido recuperar algumas bicicletas, se passando por compradores, e que as roubadas em Balneário Camboriú muitas vezes são vendidas em cidades próximas como Itajaí, Itapema e Camboriú.

Mas que o problema está na no sistema, onde a polícia prende e a justiça solta. “Tivemos um caso em que o infrator cometeu seis roubos à seis vítimas diferentes, em lugares diferentes, e ele não ficou preso, e ainda de casos com mais 70 passagens e não permaneceram presos.

E tudo isso acarreta num prejuízo pior que o patrimonial que é o emocional, onde a pessoa se sente violada, impotente e abalada psicologicamente’, finalizou ele.

Assista a entrevista completa no condtv.com.br