Entenda como proceder em caso de vazamento na unidade ou no condomínio
Se tem algo que pode trazer dor de cabeça a qualquer condômino é um vazamento. Quando esse problema surge é difícil identificar o princípio e a causa do acontecimento, desse modo, isso pode trazer inúmeros prejuízos ao morador e ao condomínio por inteiro.
Para entender quais medidas tomar e a quem pedir socorro na hora do desespero, conversamos com síndicos, que tiveram esse problema no condomínio, e com um especialista em caçar vazamentos. O que fazer em caso de vazamento no condomínio?
Os vazamentos presentes dentro dos condomínios podem ser de responsabilidade do proprietário do imóvel ou do condomínio como um todo. Popularmente conhecido como vazamento horizontal, é quando o problema surge dentro de uma unidade e começa a prejudicar a estrutura ou aos próprios vizinhos. Desse modo, a questão é de responsabilidade do proprietário ou morador.
No vazamento vertical, isto é, causado numa área comum do condomínio ou por uma falha estrutural, a responsabilidade de sanar o problema fica a cargo do síndico e do residencial como um todo. Nos depoimentos, vamos entender como alguns síndicos enfrentaram o problema e o que um especialista diz ser o ideal em casos de vazamentos.
Vazamento horizontal e vertical
A síndica Sandra Pérola, gestora de um condomínio na região do Vale do Itajaí, conta que passou por um problema por conta de um vazamento na rede vertical da coluna central e prumadas.
Ou seja, um vazamento num local de uso geral dos condôminos, responsável pelo transporte de água e esgoto das unidades. Ela diz que o vazamento causou estrago em um móvel e deformação na parede.
“Vejo a importância de ter um olho crítico, analítico e conhecimento de engenharia para solucionar situações inesperadas que ocorrem dentro de um condomínio. Hoje não basta ser um síndico morador, a gente deve se pautar em leis civis e criminais, e o conhecimento de relações humanas é importantíssimo pois muito atrito pode ser evitado. Num caso como esse, eu já sabia como agir.” pontua a síndica Sandra, que já em seguida buscou assistência especializada.
O síndico Ariel Winzewski não teve o mesmo sucesso na identificação do problema no condomínio em que é responsável. Segundo ele, duas empresas foram contatadas para prestar o serviço no residencial, a primeira foi até lá e identificou um problema, mas não disponibilizou laudo nem nota fiscal do atendimento.
Desse modo, gerou desconfiança no gestor, que foi em busca de uma segunda opinião, de outra empresa, que, de acordo com ele, “não chegou nem a ir no condomínio”.
Identificação de vazamentos
Contudo, Ariel ainda aponta que o custo para identificação do problema por parte da segunda empresa era inviável ao condomínio. “Então, eles não tinham um preço definido. Ah, é o valor para verificação a partir de dois mil reais. Aí, poxa, a partir de dois mil. Imagina, né? Onde é que para isso?” exclamou Ariel. Por fim, ele conta que teve que recorrer a encanadores de confiança para checarem o problema, que ainda não foi solucionado.
Para Diogo Cunha, engenheiro de controle e automação e técnico em detecção de vazamento, o ideal é ir em busca de um profissional especializado. De acordo com ele, encanadores, pedreiros ou outros profissionais, podem não ter o domínio técnico suficiente para identificar o problema.
Segundo Diogo, “Não é o aparelho (geofone) que acha o vazamento, quem acha é o técnico. Pode dar para os melhores encanadores, que talvez eles não achem o problema. Isso se trata de engenharia diagnóstica”.
Grande número na ocorrência de vazamentos
O técnico conta que tem 10 anos de atuação, e em todos esses anos já localizou mais de 8500 vazamentos, um total de 70% em áreas condominiais. Na empresa em que trabalha, ele conta que a ocorrência de solicitações para caçar vazamentos é grande, são cerca de três clientes por dia.
Contudo, o número é alto se levar em consideração que muitas pessoas sequer sabem que existe um caça vazamentos. De acordo com Diogo, muitas pessoas procuram operações milagrosas, quando na verdade a função é extremamente técnica e metódica.
Diogo cita alguns métodos utilizados na análise: “vídeo inspeção, análise termográfica, caça vazamentos em piscinas e alguns outros mais complexos”. Ainda segundo o técnico, estes problemas podem surgir por diversos motivos, como uma construção mal feita, uma instalação incorreta, defeito de fábrica, ou, até mesmo, uma dilatação térmica, comum às estruturas.
Dois tipos de vazamentos
O especialista ainda aponta os dois tipos mais comuns de problemas envolvendo vazamentos. O vazamento subterrâneo é responsável por uma grande perda de água, além do aumento gradativo na conta de fornecimento, e, como o próprio nome já diz, é um vazamento que ocorre de forma oculta.
Já em casos de infiltração, o segundo tipo mais popular, caso que aconteceu com a síndica Sandra, ocorre pouco vazamento mas causa grandes prejuízos. Nesse caso, a infiltração pode comprometer colunas e atingir prumadas, por exemplo.
“Evitar que o barato saia caro”
Em ambos os casos o síndico tem que diagnosticar o local. A partir daí ele contrata um caça vazamentos com técnicas e equipamentos para diagnosticar os transtornos. Por isso o técnico ainda pontua a importância de se contatar especialistas capacitados na atuação. “Não dá simplesmente de chegar quebrando tudo em busca do vazamento” conclui Diogo.
O que fazer em caso de vazamento no condomínio?
Em suma, os custos para esses diagnósticos são proporcionais ao tamanho do problema. Mas, de acordo com o técnico, procurar especialistas na área pode sair mais caro, no entanto, são produzidos relatórios descrevendo os testes feitos e até vídeos demonstrativos dos problemas enfrentados.
Um aparato completo, o que não acontece quando o trabalho é desempenhado sem a devida qualificação. “É importante buscar pessoas capacitadas para a atividade, para evitar que depois o barato saia caro”, finalizou.
Uesley Durães | Redação Condomeeting
Ola , vi sobre o artigo de vazamento como podemos falar com o Diogo Cunha
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