Ações de gestão evitam furtos no condomínio

O criminoso que deseja furtar sabe que é fácil entrar no condomínio quando ele aparenta ser morador pelo traje e pelo comportamento.

Os motivos para que o crime ocorra estão relacionados com as regras de acesso, as quais são flexibilizadas ao interesse de cada morador, ou, muitas vezes, deixam de ser cumpridas pelo porteiro. O despreparo do porteiro para identificar as situações de risco é outro ponto a se considerar.

Ao estudar a forma como a entrada foi permitida aos criminosos, é possível constatar as seguintes situações: os porteiros acreditam que pessoas bem trajadas são do bem, que uma mulher jamais poderia ser uma criminosa e que o cabelo branco de um indivíduo exige respeito e o libera dos procedimentos normais.

O procedimento padrão a ser seguido pelo porteiro deve ser:  “todas as pessoas devem ser identificadas e autorizadas” para que possam entrar no condomínio.

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Dentre os 14 pontos de gestão de (William Deming), destaco:

“Fornecer treinamento no local de trabalho” e “Eliminar o medo”. O primeiro ponto parece simples, contudo, ao aplicar o treinamento no local de trabalho, são identificadas as dificuldades que o porteiro possui por falta de equipamento ou por ausência de procedimento detalhado.

O segundo ponto está relacionado à falta de procedimento escrito e aprovado, fazendo prevalecer no condomínio a expressão “aja com bom senso”. Ao “agir com o bom senso”, o porteiro tende a falhar. O medo está relacionado a ausência do procedimento escrito e ao receio de errar. Nesse sentido o procedimento aprovado pelos condôminos, a sanção daqueles que o descumprem e a confiança de estar fazendo “o certo” mitigam as vulnerabilidades no acesso.

Procedimento escrito, treinamento e a consciência de que a segurança do condomínio deve ser compartilhada pelos que residem e trabalham no local são os primeiros passos para evitar o dissabor da ação criminosa.

Wlauder Robson Gonçalves | Especialista em Gestão de Segurança de Condomínios