A gestão condominial é um desafio constante, especialmente quando o assunto é manter a qualidade dos serviços sem pesar no bolso dos moradores. Custos elevados podem comprometer o caixa e gerar insatisfação, mas, com estratégias inteligentes, é possível reduzir despesas sem abrir mão da eficiência.

Nesta matéria, trazemos orientações práticas da Síndica Profissional 5 Estrelas Jéssica Ader, especialista em gestão condominial, que compartilha dicas valiosas para síndicos e administradoras.

1. Revisão de contratos

Grande parte das despesas do condomínio está nos contratos de portaria, limpeza, manutenção e segurança. Isso porque, muitas vezes, cláusulas ultrapassadas e reajustes acumulados tornam o serviço mais caro do que deveria.

“Revisar contratos anualmente é indispensável. Em um dos condomínios que administro, conseguimos reduzir 18% dos custos de segurança apenas ajustando horários e eliminando horas extras desnecessárias”, explica Jéssica.

Além disso, solicite orçamentos de fornecedores diferentes, compare serviços e use-os como base de negociação.

2. Manutenção preventiva

A ideia de gastar com manutenções antes de um problema surgir ainda gera resistência em alguns síndicos. Mas, segundo Jéssica, o barato pode sair muito caro.

“Em uma vistoria de rotina, detectamos desgaste em um gerador. O reparo imediato custou pouco, mas se o problema tivesse evoluído, a substituição seria 20 vezes mais cara”, relata a especialista.

Por isso, crie um cronograma preventivo com datas fixas, insira em ferramentas digitais e designe responsáveis por cada inspeção.

3. Água e energia

Consumo de água e energia estão entre os principais vilões do orçamento condominial. Porém, a adoção de medidas simples pode gerar economia significativa.

  • Instale sensores de presença em áreas comuns.
  • Troque lâmpadas convencionais por LED, que duram até 10 vezes mais.
  • Fiscalize torneiras e encanamentos para evitar vazamentos invisíveis.

“Em um condomínio que administro, contratamos uma cooperativa de energia e reduzimos 20% da conta de luz. Essa economia foi reinvestida em melhorias no salão de festas”, destaca Jéssica.

4. Despesas fixas

Serviços como internet, telefonia e vigilância eletrônica devem ser reavaliados periodicamente. O mercado muda rápido, e novas soluções podem ser mais vantajosas.

“Já substituí contratos antigos por operadoras que oferecem internet gratuita em áreas comuns, garantindo assim economia e satisfação dos moradores”, comenta Jéssica.

Economia sem abrir mão da qualidade

Em um de seus condomínios, Jéssica implementou sensores de presença, substituiu lâmpadas por LED e renegociou contratos de limpeza e segurança.

O resultado? Em três meses, a redução foi suficiente para evitar o reajuste da taxa condominial e ainda investir em melhorias nas áreas de lazer.

Conclusão

Em conclusão, reduzir custos no condomínio não significa cortar serviços essenciais. Afinal, com planejamento, revisões periódicas e decisões estratégicas, é possível aliviar o caixa e aumentar a qualidade de vida dos moradores.

Por fim, lembre-se: gestão organizada é vida equilibrada. Ou seja, síndicos precisam agir de forma preventiva e estratégica para manter finanças saudáveis e moradores satisfeitos.

Lanume Weiss - custos
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