Quando o assunto é conservação e segurança em condomínios, a engenharia tem papel fundamental. De acordo com o engenheiro Thiago Ladeira, negligenciar manutenções pode transformar pequenos reparos em grandes prejuízos.
“Fazer o reparo do que está caindo é mais barato no momento, mas você fica a vida toda remendando o problema. Já a troca completa do revestimento é mais cara, mas resolve a causa de forma definitiva”, explica.
Segundo Ladeira, um dos erros mais comuns está na escolha dos revestimentos, especialmente em regiões litorâneas. “Em locais com maresia, como Santos, o ideal seria usar textura ou monocapa, não cerâmica. A cerâmica demanda manutenção a cada três anos e pode começar a soltar da fachada se esse cuidado não for feito”, orienta.
O engenheiro alerta que a decisão entre reformar parcialmente ou substituir todo o revestimento deve ser técnica, e não apenas financeira. “O primeiro passo é fazer um laudo técnico com ensaio de percussão e mapeamento por drone. Só assim o síndico sabe o tamanho real do problema e pode orçar corretamente”, reforça.
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Gerenciamento e fiscalização
Outro ponto essencial é o gerenciamento de obras. Thiago destaca que o acompanhamento técnico não é um custo, mas uma proteção para o condomínio. “A empresa contratada tem o engenheiro dela, mas ele defende os interesses da empresa. O condomínio precisa de um profissional que fiscalize o serviço, confira materiais e medições, e garanta que tudo siga o escopo contratado”, explica.
Ele também orienta que os pagamentos devem ser feitos por medição, e não por parcelas fixas. Quando você paga conforme o avanço da obra, evita prejuízos caso a empresa abandone o serviço. Ou seja, você paga pelo que foi realmente executado.
Responsabilidade técnica e segurança
Thiago lembra que até obras dentro dos apartamentos exigem cuidado. “O morador precisa apresentar ART ou RRT, termo de responsabilidade técnica. É como um manual do carro — cada imóvel tem seu manual do proprietário com orientações sobre o que pode ou não ser alterado”, diz.
Segundo ele, cabe ao síndico exigir a documentação e validar com um engenheiro se a obra oferece riscos à estrutura. Além disso, o engenheiro alerta para os casos em que moradores removem paredes estruturais ou instalam equipamentos pesados sem dimensionamento adequado.
Por fim, para Thiago, a principal lição é simples: prevenir é mais barato do que remediar. Porque quando o condomínio segue um plano de manutenção e tem laudos atualizados, evita surpresas, garante a segurança dos moradores e valoriza o patrimônio.

