Nos grandes centros urbanos, a segurança em condomínios é uma prioridade crescente para síndicos e administradores, especialmente com o aumento do número de condomínios residenciais.

Assim, garantir a tranquilidade dos moradores não se resume a instalar câmeras e contratar profissionais com experiência, mas envolve uma série de medidas preventivas e uma colaboração ativa entre todas as partes envolvidas.

Neste artigo, exploramos as principais ocorrências de segurança em condomínios, os fatores externos que podem influenciar a vulnerabilidade, a importância da cooperação entre síndicos e condôminos e, ao final, cinco dicas essenciais para a construção de um ambiente seguro.

Para isso, contamos com a colaboração de Wlauder Robson, especialista em segurança condominial, professor e palestrante com vasta experiência na área adquirida ao longo dos 42 anos de experiência.

Ocorrências mais comuns em condomínios

Os problemas de segurança mais recorrentes em condomínios exigem atenção e preparo. Sendo assim, de acordo com Wlauder Robson, algumas das situações mais frequentemente enfrentadas pelos síndicos são:

Invasões e arrombamentos: ocorrências que muitas vezes acontecem devido a falhas no controle de acesso. Criminosos exploram brechas, como portões deixados abertos ou sistemas de monitoramento ineficazes.

Furto em garagens: garagens de condomínios são alvos frequentes de furtos, principalmente quando há falta travas de segurança nos portões, proteção dos motores dos portões ou câmeras de vigilância em locais estratégicos com emprego de IA – inteligência artificial.

Conflitos entre moradores: desentendimentos entre vizinhos, ou até entre moradores e funcionários, podem evoluir para situações que afetam a segurança e a ordem interna do condomínio.

Falhas no controle de visitantes: o acesso de pessoas não autorizadas ao condomínio, seja por falhas no controle de entrada ou falta de verificação, representa um risco direto à segurança de todos os moradores.

Uso indevido de áreas comuns: festas ou eventos em áreas comuns, sem a devida autorização ou controle, podem gerar riscos, como danos ao patrimônio ou a presença de estranhos sem monitoramento.

Esses incidentes demonstram a necessidade de um sistema de segurança que vá além do básico, envolvendo não apenas tecnologias e vigilância, mas também procedimentos claros e uma administração ativa.

Fatores externos que impactam a segurança em condomínios

Outro aspecto relevante para a segurança de condomínios é o contexto externo. Em algumas cidades, é comum encontrar condomínios de luxo em áreas periféricas, e isso levanta preocupações entre síndicos e moradores.

Assim, existe uma percepção de que esses condomínios seriam mais vulneráveis devido à localização. Entretanto, essa ideia, conforme explica Wlauder Robson, nem sempre é verdadeira.

A segurança de um condomínio depende menos da localização geográfica e mais das medidas internas adotadas para mitigar riscos. Condomínios que investem em sistemas de controle de acesso, vigilância por câmeras e uma equipe de segurança bem treinada podem garantir a proteção dos moradores, mesmo em áreas mais afastadas dos centros urbanos.”, destaca o especialista.

Portanto, embora o entorno seja um fator a ser considerado, o que realmente importa é a preparação do condomínio. Isso inclui desde o controle rigoroso de quem entra e sai até a manutenção dos equipamentos de segurança.

A importância da cooperação entre síndicos e condôminos

A segurança de um condomínio não depende apenas do síndico ou da equipe de vigilância. A participação ativa dos moradores é fundamental para que o ambiente seja realmente seguro. “É essencial que os condôminos sigam as normas de segurança, participem das assembleias e se envolvam nos treinamentos”, afirma Wlauder Robson.

Algumas práticas de cooperação que podem ser adotadas são:

Seguir rigorosamente as regras de segurança: verificar a identidade de visitantes, não deixar portões abertos e garantir que funcionários e prestadores de serviços estejam devidamente identificados.

Comunicação eficiente: relatar comportamentos suspeitos ou falhas no sistema de segurança ao síndico ou à equipe responsável pode prevenir problemas maiores.

Engajamento em reuniões e treinamentos: participar das assembleias e treinamentos promovidos pelo condomínio é essencial para que os moradores compreendam seu papel na manutenção da segurança.

Esse engajamento é o que realmente fortalece o sistema de proteção, criando um ambiente mais seguro para todos.

Cinco dicas para manter a segurança em condomínios

Com base na experiência prática, Wlauder Robson lista cinco medidas que são indispensáveis para manter um condomínio seguro:

Controle rigoroso de acesso: o monitoramento de quem entra e sai do condomínio deve ser feito com critério. Porteiros devem seguir um protocolo claro de identificação, e o uso de sistemas eletrônicos, pode ser uma solução eficaz.

Vigilância por câmeras: câmeras instaladas em pontos estratégicos, com monitoramento constante, ajudam a prevenir crimes e a identificar comportamentos suspeitos.

Manutenção dos equipamentos de segurança: portões eletrônicos, alarmes e câmeras precisam passar por revisões regulares para garantir seu funcionamento correto. Pequenas falhas podem representar grandes vulnerabilidades.

Treinamento contínuo da equipe de segurança: porteiros, vigilantes e demais colaboradores devem estar constantemente atualizados sobre os procedimentos de segurança. Treinamentos regulares garantem que saibam como agir em situações de risco.

Engajamento dos moradores: a segurança do condomínio é responsabilidade de todos. Moradores devem estar atentos ao que acontece à sua volta, seguir as normas de segurança e reportar qualquer atividade suspeita.

Essas ações combinadas formam um sistema de segurança eficiente e proativo, que protege o condomínio e seus moradores, independentemente da localização.

Wlauder Robson | Especialista em segurança condominial, professor e palestrante

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