Você já parou para pensar em como o ambiente ao seu redor afeta seu humor, produtividade e até sua saúde mental?
Seja em casa, no trabalho ou nas áreas comuns de um condomínio, elementos como iluminação, organização, cores e especialmente o som têm um impacto direto no nosso comportamento.
Essa foi a pauta de um bate-papo rico e multidisciplinar que reuniu especialistas em psicologia, neurociência, engenharia e gestão de pessoas, no nosso podcast da CONDOCASA.
O ambiente molda comportamentos
Segundo a psicóloga e neurocientista Patrícia Fidelis, o ambiente é determinante na modulação do comportamento humano. Desde o momento em que acordamos, estímulos simples como a organização do quarto e o som que escolhemos ouvir podem definir o tom do nosso dia.
“Ambientes desorganizados ou barulhentos não só refletem como também agravam o estado emocional das pessoas”, explica a especialista.
Para o engenheiro eletrônico Maichel Gerstberger, gerente técnico da Frahm, a sonorização de ambientes vai muito além do entretenimento. “O som pode ser um aliado poderoso na criação de atmosferas que acalmam, energizam ou favorecem a concentração”, afirma.
Nos condomínios, por exemplo, sistemas de som integrados são cada vez mais usados para humanizar áreas comuns. “Você pode ter uma trilha sonora leve na recepção e algo mais agitado na academia, criando experiências diferentes e personalizadas conforme o ambiente”, completa.
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Planejamento e tecnologia acessível
A sonorização multizona — com controle individual de som em ambientes diferentes — permite que cada espaço tenha sua própria identidade sonora. E isso pode ser feito de forma planejada ou adaptada posteriormente, com soluções modernas, acessíveis e intuitivas.
“Mais do que um luxo, o som se tornou uma ferramenta de gestão do bem-estar. Um condomínio que pensa na experiência dos moradores investe em soluções que tornam a convivência mais agradável”, diz Sônia Novaes, presidente da Associação de Síndicos de Balneário Camboriú (ASBALC).
Estudos e práticas relatadas no podcast mostraram que sons adequados aumentam a produtividade, reduzem o estresse e até melhoram a qualidade de vida de animais e plantas. Em países como o Canadá, usam-se ambientes controlados com música e iluminação para melhorar a qualidade da carne e do leite, por exemplo.
Além disso, a música também é utilizada em tratamentos psicológicos e terapias de reprogramação emocional. “A música ativa áreas do cérebro relacionadas à memória afetiva. Quando bem utilizada, pode ajudar a curar traumas e promover equilíbrio emocional”, afirma Patrícia.
Som e saúde mental: o novo olhar da NR-1
Com a atualização da NR-1, que passou a exigir programas de saúde mental nas empresas a partir de 2024, o ambiente ganhou status de protagonista. Agora, qualidade de vida no trabalho passa a ser obrigatória, e elementos como sonorização, ergonomia e estética têm papel fundamental na prevenção de doenças psíquicas.
Portanto, seja no lar, no escritório ou no condomínio, ambientes bem planejados transformam o dia a dia. Dessa forma, o som, aliado a outros elementos sensoriais, tem o poder de influenciar positivamente o comportamento humano. Por fim, com tecnologia, empatia e planejamento, é possível criar espaços mais humanos, saudáveis e felizes para todos.

