Cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome de burnout, um esgotamento físico e mental causado pelo excesso de trabalho. A princípio, no cenário mundial, o Brasil é o segundo país com mais casos, ficando atrás apenas do Japão, que lidera com um índice de 70%. Esses dados são da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANMT) e da International Stress Management Association (ISMA).
Sintomas como cansaço excessivo, dores de cabeça, insônia, sentimento de fracasso, insegurança e alterações no apetite são sinais de burnout, segundo o Ministério da Saúde. Esses sintomas começam de forma leve, mas se intensificam com o tempo, podendo levar, em casos graves, ao desenvolvimento de depressão.
Embora qualquer pessoa possa desenvolver a síndrome, algumas profissões são mais vulneráveis devido à alta pressão e responsabilidades constantes, como enfermeiros, médicos, policiais e professores.
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Combate ao burnout
As empresas devem implementar políticas claras de prevenção do burnout, especialmente contra o assédio moral, que pode agravar ou até mesmo causar a síndrome. Por exemplo, o assédio moral envolve ameaças, humilhações, pressão desnecessária e abuso de poder.
Portanto, para prevenir o burnout, é essencial que as empresas invistam em treinamento de líderes em técnicas de administração, avaliem os riscos psicossociais no ambiente de trabalho e ofereçam canais de denúncia para casos de assédio. Além disso, incentivar boas relações de trabalho e manter um ambiente laboral saudável também são medidas fundamentais.
Para quem já sofre com burnout, buscar atendimento especializado é crucial. A situação deve ser reportada ao setor de recursos humanos ou ao responsável pela prevenção de riscos ocupacionais da empresa. Por fim, caso necessário, é possível denunciar abusos a órgãos como a Delegacia Regional do Trabalho (DRT), o Ministério Público do Trabalho (MPT) ou a Justiça do Trabalho.
Além disso, recomenda-se o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, sendo importante balancear a rotina de trabalho com momentos de lazer e descanso, praticar atividades físicas, e adotar uma alimentação e estilo de vida saudável.
Christiane Afonso | Advogada
