Nunca se falou tanto sobre vendas, comportamento e técnicas de marketing como agora. Em meio a uma avalanche de informações e fórmulas prontas de sucesso, muitas empresas, síndicos, arquitetos e profissionais liberais sentem-se perdidos. Qual caminho seguir? Como vender mais? Como se destacar num mar de conteúdos e marcas?

A resposta começa por um conceito-chave: posicionamento. Saber quem você é, para quem fala e o que entrega é fundamental em um cenário em que o tempo de atenção das pessoas é cada vez mais curto. O marketing tradicional já não basta — é preciso comunicar com estratégia, coerência e autenticidade.

A importância do posicionamento de marca

O primeiro passo para vender mais é saber para quem você quer vender. “Marcas que tentam agradar a todos acabam não se conectando com ninguém. Em vez disso, é necessário definir um público, compreender seus valores e entregar conteúdo e experiências que gerem conexão emocional”, explica o especialista em Comunicação, Diogo Motta.

Hoje, o consumidor está mais exigente e seletivo. Ele quer mais do que um produto, ele quer um significado. Um bom posicionamento fortalece a identidade da marca e comunica diretamente com quem realmente importa: o cliente ideal.

Arquétipos e inconsciente coletivo

A teoria dos arquétipos, desenvolvida por Carl Jung e aplicada ao branding por autores como Joseph Campbell e Carol S. Pearson, oferece um mapa poderoso para conectar marcas e emoções. Existem 12 arquétipos principais — como o Herói, o Criador, o Inocente, o Explorador e o Governante — e cada um deles representa um conjunto de valores, comportamentos e aspirações.

Por exemplo, explica o empresário Motta, uma marca de luxo como a Woodkit, que atua no mercado de alto padrão, pode se posicionar dentro do arquétipo do Governante, que transmite sofisticação, autoridade, exclusividade e excelência. “Já marcas que apostam em experiências, como aventuras e natureza, podem ativar o arquétipo do Explorador, que valoriza liberdade, autenticidade e descobertas”, conclui.

Marketing de luxo

O comportamento do consumidor de alto padrão também mudou. O luxo hoje não está mais na ostentação exagerada, mas sim em experiências significativas, produtos duráveis e design que conecta com histórias.

Balneário Camboriú, por exemplo, é um destino de desejo para muitos. “Balneário é a cidade do quando”. Quando eu me aposentar, quando meus filhos crescerem, quando eu puder investir mais. Ou seja, o público do alto padrão pensa em legado, exclusividade e conexão afetiva.

Vender mais exige técnica, emoção e disciplina

Para quem está na linha de frente das vendas, Motta destaca três pilares:

  1. Ambição com propósito: Ter metas claras, amar o que faz e estar disposto a pagar o preço pelo sucesso.
  2. Gestão emocional: Saber lidar com os altos e baixos da profissão. Sorrir, mesmo em dias difíceis, gera empatia e segurança no cliente.
  3. Disciplina constante: A disciplina supera o talento. Alta performance se constrói com constância, e não apenas com picos de motivação.

Além disso, a comunicação corporal importa. “A maneira como o vendedor se porta — mãos visíveis, gestos abertos, sorriso sincero — transmite confiança. Cada detalhe conta na construção de um bom atendimento”, explica o empresário.

O que diferencia os melhores?

Em tempos de comunicação digital acelerada, o atendimento humano e de excelência se torna um diferencial competitivo. Enquanto muitos profissionais se escondem atrás de mensagens frias, os melhores vendedores vão além:

  • Enviam mensagens personalizadas.
  • Respondem com agilidade, até fora do horário comercial.
  • Criam conexão emocional com o cliente.
  • Fazem mais do que o combinado — e surpreendem.

Esses profissionais entendem que cada cliente é uma oportunidade única e que o esforço gera recompensas. Como diz o ditado: “quem planta presença, colhe preferência”.

O case Woodkit

A Woodkit é um exemplo prático de tudo isso. Fundada a partir de um produto artesanal, a marca cresceu com base na escuta do consumidor, na criação autoral e na valorização do design sustentável. Cada peça carrega não só uma funcionalidade, mas uma história, uma experiência, um conceito.

“Produtos como o “saborizador de café” conectam o cliente com o ritual do preparo, estimulando sentidos e resgatando memórias. Isso é branding emocional na prática”, explica o especialista.

Com uma loja física em Balneário Camboriú, fábrica em Navegantes e vendas em todo o Brasil, a marca se posiciona com clareza no arquétipo do Explorador e do Criador, promovendo experiências autênticas e duráveis.

Vender bem é entender pessoas

Por fim, mais do que técnicas, vendas é sobre compreender pessoas, comportamentos e desejos. Ou seja, o consumidor moderno está em busca de significado, de propósito, de conexão. E, assim, marcas que se posicionam com clareza, que comunicam com estratégia e que entregam valor real ganham espaço — mesmo em um mercado competitivo.

Portanto, se você quer vender mais, comece respondendo a estas perguntas:

  • Qual é o arquétipo da sua marca?
  • Como sua comunicação gera conexão?
  • Você está entregando apenas um produto ou uma experiência?

Em conclusão, a resposta a essas perguntas pode mudar o rumo do seu negócio.

Lanume Weiss
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