Você sabia que o extintor não é feito para apagar incêndio?
Primeiramente, o extintor serve para apagar princípios de incêndio e é um dos equipamentos mais importantes dentro do condomínio. É essencial ter extintores em cada andar, nas áreas de circulação e nos locais de uso coletivo, distribuídos na quantidade e tipos, conforme as normas técnicas. E ele somente será eficiente no combate a um foco de incêndio, se houver pessoas que saibam usá-lo corretamente.
Porém, muitos síndicos não sabem manuseá-lo da forma correta e nem tem total conhecimento sobre as informações contidas no frasco. Cada incêndio tem uma particularidade que é a sua causa. Pensando nisso o síndico profissional e sócio da Mercado de Síndicos de Joinville, Sidney Almeida gravou um vídeo para orientar os síndicos. É fundamental saber o que gerou as chamas para, então, empregar a melhor forma de combater o problema.
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Os extintores são divididos nas categorias A, B e C
Na categoria A é usado extintor a base de H20 e seu princípio de extinção é por resfriamento. Ele combate incêndios em materiais como: madeiras, tecidos, papéis, borrachas, plásticos e fibras orgânicas.
Na categoria B é utilizado o extintor de espuma para produtos inflamáveis como tintas, solventes, combustíveis como o que usamos nos automóveis. Sua composição é resultado de um processo que leva uma espécie de detergente concentrado (LGE), e a espuma é gerada através da reação do batimento mecânico deste LGE (líquido gerador de espuma) com água e o ar.
Já a Categoria C é utilizado o extintor CO2 para apagar incêndios em condutores elétricos e eletrônicos como equipamentos, e fiação elétrica. Uma grande vantagem do extintor de CO2 é não danificar o que atinge como computadores, telefones e outros aparelhos. Outra grande vantagem é que o ambiente fica isento de resíduos e a área pode rapidamente voltar a operação, após a ventilação do local.
Lacre do Pino
Os síndicos também devem saber decifrar os lacres dos extintores. O lacre do pino é numerado (pode ser feito até a relação desses lacres quando retornam da recarga, para se ter o controle de todos os extintores do condomínio), esse lacre não pode estar violado, mas sim fechado, e é ele que vai garantir que a mangueira não seja acionada indevidamente.
Em treinamentos de combate ao incêndio muitas vezes as mulheres não têm a força suficiente para violar o lacre. Neste caso, a dica é girar o pino até que ele rompa.
Manômetro
Outro item bastante importante em ser visto é o manômetro, que determina a pressurização do extintor. Se ele estiver no sinal verde a pressurização é a ideal. Se estiver abaixo é porque está sem pressurização adequada e se estiver acima do verde é porque ele está sobrepressurizado. O ideal neste caso é chamar a empresa e fazer novamente a pressurização correta.
Lacre Colorido
O 2º lacre está localizado abaixo do Manômetro e eles são divididos por cores de acordo com uma tabela nacional adotada pelo INMETRO, com base na Portaria 412/2011 e que visa a segurança e prevenção de acidentes das pessoas que manuseiam.
O Síndico precisa conferir se este lacre colorido não está rompido. Porque existem casos de empresas que não trocam e simplesmente colam o lacre. Se isto acontecer é porque eles nem abriram o extintor para fazer a manutenção e possível recarga.
Você sabia que existe um tipo de extintor para cada ambiente do condomínio?
O síndico precisa estar atento a categoria do extintor de cada ambiente. Na etiqueta branca está decifrado por exemplo que ele contém pó químico, as duas categorias que ele cobre, modelo de uso, e o mais importante, a etiqueta que determina a validade (manutenção de nível), se for nível 2 é válido por 12 meses.
E a segunda informação fala do nível 3 sobre a durabilidade ou prazo de manutenção do casco, que não pode ultrapassar os 5 anos. Segundo Sidney Almeida,
“se ele estiver numa área aberta pode enferrujar e furar o extintor, lembrando também que o casco não pode estar amassado, principalmente nos locais de solda, pois pode comprometer a pressurização do extintor. E as mangueiras também devem estar intactas e não podem estar furadas”.
Confira o vídeo: Mercado de Síndicos de Joinville