No complexo ambiente de um condomínio, a segurança em elevadores é uma prioridade incontestável. Uma questão frequentemente debatida é a abordagem correta em situações de emergência, especialmente em casos de pessoas presas em elevadores.
Confira algumas diretrizes a serem adotadas por gestores, zeladores e porteiros.
Chaves de emergência: acesso e responsabilidade
Em muitas portarias, a presença de chaves de emergência é uma prática comum. Contudo, quem deve realmente ter acesso a essas chaves?
Somente o técnico de manutenção e o corpo de bombeiros militar, embora o porteiro ou zelador tenha a chave em mãos, é crucial que apenas aqueles com o treinamento adequado a manuseiem.
Assim, há um imenso risco de tentar realizar resgates sem as devidas habilidades, lembrando que poucos síndicos estão dispostos a assinar os termos de responsabilidade envolvidos, pela sua rigidez.
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Agindo com cautela em situações de emergência
Situações críticas exigem um manejo cuidadoso. Existe a possibilidade de fornecer assistência através de uma pequena abertura na porta do elevador, como passar água ou alimento. No entanto, essa ação só deve ser realizada quando todos os envolvidos estiverem completamente seguros.
Lembrando que não falta ar e nem a o risco de queda como vemos em filmes, quanto mais parado ficar, mais seguro será.
Os riscos de um resgate improvisado
Situações como essa nos fazem lembrar de um caso emblemático que nos marcou, devido aos perigos de agir sem o devido preparo. Uma mulher, que ficou presa em um elevador, foi resgatada por um porteiro bem-intencionado, mas não treinado.
A falta de conhecimento provocou um acidente que poderia ter sido evitado. Ela colocou um pé no chão do hall e, ao apoiar o outro, escorregou no vão, pois o elevador havia parado com muito desnível. Como consequência, caiu no poço de uma altura superior a 20 metros, reforçando a importância de que apenas profissionais devidamente capacitados realizem esses resgates. A segurança deve ser sempre a prioridade máxima.
Responsabilidade legal na segurança de elevadores
O síndico, sempre será responsabilizado, e quando assumimos esse risco estamos transferindo para nós a responsabilidade que é da empresa de manutenção, pois ela quem assina a ART e é responsável pelo bom funcionamento dos elevadores.
Em casos em que algo dá errado, a responsabilidade sempre recairá sobre o síndico, porteiro ou zelador, e não sobre os profissionais capacitados, como bombeiros ou técnicos de manutenção, que estão preparados para lidar com emergências.
Segurança em primeiro lugar
Por fim, não tente realizar resgates não autorizados. A segurança de todos deve ser a prioridade. Assim, tanto porteiros e zeladores quanto síndicos devem estar cientes de seus limites e confiar nos profissionais preparados e capacitados para lidar com situações de emergência.
Para garantir a segurança em elevadores e outros ambientes, o treinamento e a conscientização são fundamentais.
A conclusão que fica é que a segurança deve sempre ser o mais importante. Portanto, os resgates em elevadores devem ser feitos apenas por profissionais capacitados.
Redação por Júnio Gomes | Consultor para Elevadores
