Envelhecer com qualidade de vida é um direito e algumas cidades estão se preparando e se destacando no cuidado com os idosos.
Com a população idosa crescendo rapidamente no Brasil, surge um desafio urgente: como adaptar as cidades, os serviços e os condomínios para atender às necessidades das pessoas com mais de 60 anos?
Balneário Camboriú mostra que é possível inovar, acolher e transformar a longevidade em prioridade.
De acordo com o IBGE, o número de pessoas com mais de 60 anos já ultrapassa os 32 milhões no Brasil. Em Balneário Camboriú, estima-se que cerca de 30 mil moradores fazem parte dessa faixa etária.
Isso representa quase o dobro dos alunos da rede municipal de ensino e exige um novo olhar do poder público, da sociedade e do mercado. A longevidade não é mais exceção, é a regra. Mas viver mais não basta. É preciso viver melhor.
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Balneário Camboriú é exemplo de cidade amiga da pessoa idosa
Pioneira em ações voltadas à terceira idade, Balneário Camboriú se destaca por iniciativas inovadoras. A cidade conta com a Secretaria da Pessoa Idosa, que oferece mais de 50 oficinas gratuitas voltadas ao bem-estar físico, mental e emocional dos idosos. “Aulas de pilates, idiomas, dança, coaching, música e atividades culturais promovem autonomia, convivência e autoestima”, explica o secretário municipal da Pessoa Idosa, Claudir Maciel.
Além disso, o programa Abraço ao Idoso funciona 24h com um canal direto para denúncias de violência física, emocional ou financeira – um tipo de abuso que ainda é pouco falado, mas muito presente.
Envelhecer com dignidade
Cuidar dos idosos não é apenas papel do poder público. A responsabilidade é de todos: familiares, vizinhos, síndicos e a própria comunidade.
“Nos condomínios, por exemplo, é fundamental que síndicos estejam atentos a sinais de negligência ou isolamento. Ações simples, como promover rodas de conversa, oficinas ou parcerias com a prefeitura para atividades físicas dentro dos prédios, podem fazer toda a diferença”, pontua a presidente da Associação dos Síndicos de Balneário Camboriú (ASBALC), Sônia Novaes.
Além disso, é preciso investir em acessibilidade, adaptar calçadas, rampas e áreas comuns para garantir a mobilidade e segurança dessa população.
Um dos maiores dilemas enfrentados pelos 60+ é a exclusão do mercado de trabalho. Apesar de ainda produtivos, experientes e dispostos, muitos enfrentam preconceito etário e falta de oportunidades.
Balneário Camboriú, segundo o secretário Claudir, aposta na capacitação e no estímulo ao empreendedorismo da pessoa idosa, reforçando que a idade não deve ser barreira para a autonomia.
Planejar é urgente: do condomínio à cidade
A aposentadoria muitas vezes representa queda de renda. Em cidades com alto custo de vida, como Balneário Camboriú, isso exige atenção redobrada.
“Prédios antigos, que envelhecem junto com seus moradores, enfrentam dificuldades para promover melhorias. Aqui entra o papel estratégico do síndico: buscar alternativas, dialogar com as famílias e pensar em soluções que valorizem o imóvel e melhorem a qualidade de vida de todos”, comenta Sônia.
Conclusão: cidade boa para idosos é boa para todos
Em conclusão, investir na população idosa é investir em todos. Dessa forma, a criação de políticas públicas, a ampliação de serviços, a valorização da experiência e o respeito à autonomia transformam cidades em lugares mais justos e humanos.
Balneário Camboriú é hoje um exemplo nacional de como é possível construir uma cidade amiga da pessoa idosa. Que essa realidade se espalhe pelo Brasil – afinal, todos nós queremos (e vamos) envelhecer.

