Condomínios são lugares onde pessoas totalmente diferentes acabam sendo obrigadas a dividir espaços e conviver. Nesse sentido, é perfeitamente normal que, vez ou outra, aconteçam alguns atritos. Por isso, para evitar que essas situações se tornem corriqueiras e saiam de controle, entra em cena a gestão emocional.
“Existe legislação para praticamente todos os principais aspectos da vida em condomínio. O ideal, no entanto, é que todos os conflitos, na medida do possível, sejam resolvidos sem recorrer à Justiça”, afirma o advogado Felipe Ferrarezi, presidente da Comissão de Direito Condominial da Subseção OAB/SC em Blumenau.
Podemos entender a gestão emocional como a capacidade de identificar e lidar com os sentimentos envolvidos em cada situação, administrando-os positivamente. Isso permite tomar as melhores decisões para que todas as partes se entendam.
São diversos benefícios para o dia a dia condominial, por exemplo:
- tranquilidade para agir em situações de estresse;
- capacidade de foco no problema a se resolver;
- força para superar situações de tensão, entre outros.
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Uma boa gestão emocional é fundamental para que o síndico consiga desempenhar bem o seu papel. Para desenvolvê-la, é necessário saber ouvir, ter uma boa comunicação, ter empatia pelos condôminos, incentivar feedbacks, exercitar a paciência e não se deixar levar pelo calor do momento.
Dessa forma, um síndico bem preparado emocionalmente consegue criar uma conexão com os condôminos, acalmar os ânimos e apresentar alternativas.
Ou seja, essa habilidade se mostra muito útil em diversos momentos, como nas assembleias, onde é comum que aconteçam discussões e em situações de desentendimentos entre um ou mais condôminos, como também na hora de lidar com fornecedores, prestadores de serviços e colaboradores.

Felipe Ferrarezi | Especialista em Direito Condominial
