De que forma deve agir o síndico?
“Apesar de oferecer segurança e qualidade de vida, os condomínios não estão livres dos vícios da sociedade.”
Primeiramente, é a minha segunda gestão como síndico, e já comecei a sentir na pele o drama de ter que a agir de forma mais perspicaz com relação à algumas atitudes de adolescentes e jovens que consumiam drogas dentro do condomínio.
Ainda mais por conhecer alguns pais, e ter, de certa forma, uma boa relação com eles, isso me deixava mais à vontade para tratar tais assuntos.
“O uso de entorpecentes nas áreas comuns do condomínio”.
Alguns jovens se aproveitam do fato que, como síndico, e ter uma boa relação com eles, achando que da minha parte, haveria aceitação ou indiferença sobre o uso das drogas. Bom, não foi exatamente isso que aconteceu. Foi necessária uma ação mais decisiva, pois eu entendia que se relaxasse, a coisa poderia ser pior.
Pior no sentido de que, eles iriam continuar a usar as drogas cada vez mais. A relação à saúde social do condomínio, uma vez que alguns moradores já haviam notificado no livro de ocorrências algumas atitudes suspeitas desses adolescentes que, nas altas horas da madrugada ficavam nos lugares mais escondidos do condomínio, onde câmeras de segurança não conseguiam detectá-los.
Não era difícil encontrá-los consumindo tais drogas, já que era inevitável para os funcionários do condomínio não detectar o fato, presencialmente ou pelas imagens de CFTV.
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Temos hoje os urbícolas, residentes que nunca saíram das grandes cidades. Unem-se para se proteger, fecham ruas sem saídas para uso exclusivo dos moradores, colocam um portão e dividem os custos.
Nesse contexto, o condomínio significa qualidade de vida, segurança, baixo custo e praticidade.
Apesar de estarem um pouco mais seguros do que a média dos cidadãos, dentro do condomínio os filhos não estão protegidos da sociedade, com seus problemas e vícios. A sociedade oferece droga aos jovens com alguma aceitação e tolerância. Alguns meios de comunicação exaltam o uso, em vez de destacar suas implicações científicas e éticas.
Quem leva a droga para dentro dos portões do condomínio são pessoas conhecidas como amigos ou membros da própria família. Sendo assim os moradores viram presas fáceis. Ainda mais que o condomínio oferece facilidade de conseguir se esconder e de usar sem consequências.
A segurança nos condomínios teoricamente protege contra os bandidos de fora, mas favorece o tráfico de droga interno por meio da amizade.
Protegidos pelas leis do condomínio, os usuários escapam das leis sociais. Então a polícia fica do lado de fora. E assim o condomínio vira o paraíso das drogas.
Conversei com alguns pais, mas, pelo fato de não acreditarem nas minhas advertências, até que verificaram o fato através de imagens, os percursos que eles faziam dentro do condomínio, ou até os mesmos confessarem que cometiam tais atos. Sobre essa situação, sempre me coube agir através do bom diálogo entre os pais e os jovens.
Nunca permiti, mas, sempre os ajudei a sair dessa situação. Nunca tive problemas com eles, pois os mesmos sempre mantiveram o respeito e sabiam que eu queria o melhor para eles.
E assim, na base do diálogo, consegui evitar que esses e outros jovens utilizassem drogas nas áreas comuns e evitando que não cometessem deslizes.

Administrador, comunicador e gestor Condominial.
Atuante no segmento condominial há 20 anos.
