Em condomínios, onde convivem pessoas com diferentes perfis, a comunicação é uma das ferramentas mais poderosas que o síndico pode desenvolver. Afinal, ser um bom síndico não é apenas conhecer normas técnicas ou cuidar da manutenção, é saber se comunicar, liderar e se conectar com os moradores.
Mas em um diálogo, quem realmente comanda a conversa: quem faz a pergunta ou quem responde? A resposta pode transformar a forma como você se relaciona com o seu condomínio.
Neste artigo, vamos explorar as reflexões e aprendizados trazidos por Jonatas Duarte, especialista em desenvolvimento humano, comportamento e comunicação. Com técnicas práticas, baseadas em Programação Neurolinguística (PNL) e autoconhecimento, ele mostra então como o síndico pode se tornar um verdadeiro líder e comunicador dentro do condomínio.
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A diferença entre falar e se comunicar
Um dos primeiros pontos abordados por Jonatas é a distinção entre falar e se comunicar. Segundo ele, “falar é apenas emitir palavras, mas comunicar é garantir que a mensagem seja compreendida pelo outro”. Ou seja, o foco da comunicação deve estar no entendimento do outro, e não apenas na emissão da informação.
Essa diferença é crucial para síndicos, que muitas vezes enfrentam conflitos justamente por não saberem se expressar de forma clara, empática e objetiva. Dessa forma, a comunicação eficaz evita mal-entendidos e fortalece o relacionamento com os condôminos.
O ponto de partida da boa comunicação
Para Jonatas, a raiz de muitos problemas de comunicação está no desconhecimento de si mesmo. “Como alguém pode se comunicar bem se não sabe como funciona internamente? É preciso entender seus próprios pensamentos, emoções e comportamentos antes de conseguir lidar com o outro.”
Síndicos que investem em autoconhecimento conseguem desenvolver mais empatia, escuta ativa e resiliência. Habilidades essenciais para lidar com críticas, reclamações e decisões difíceis dentro de um condomínio.
Técnicas de comunicação para síndicos
Entre as ferramentas práticas ensinadas por Jonathan está o rapport, técnica de PNL que consiste em criar conexão com o outro por meio da empatia e da sincronia. “Rapport é quando você se conecta verdadeiramente com alguém. É escutar com interesse, observar o outro e falar na mesma frequência. Isso gera confiança”, explica.
Outra dica valiosa é o uso de perguntas abertas, que estimulam conversas mais profundas e demonstram interesse genuíno. Em vez de interrogar moradores ou funcionários com perguntas do tipo “Você fez isso?”, o ideal é perguntar “Como foi feito?” ou “O que você sugere para resolver isso?”. Essas perguntas ampliam a comunicação e evitam embates desnecessários.
O síndico como referência
Liderança e comunicação andam juntas. Um bom líder é aquele que inspira e conquista — e não aquele que apenas impõe regras. Jonathan reforça que o síndico não precisa ser o mais técnico, mas sim o mais humano e preparado para lidar com pessoas. “O líder é aquele por quem os outros querem ser liderados”, resume.
No contexto condominial, o síndico deve ser o amortecedor de conflitos, aquele que transforma tensões em acordos, ruídos em entendimento. Para isso, não basta falar. É preciso ouvir, compreender, adaptar a linguagem e se posicionar com equilíbrio.
Quem comanda o diálogo?
A resposta para a pergunta central deste artigo é simples e poderosa: quem comanda o diálogo é quem faz as perguntas certas. Jonathan explica que “perguntar com curiosidade e interesse é a chave para gerar conexão”. Mais do que falar muito, um síndico precisa saber escutar e conduzir o diálogo com inteligência emocional.
Em tempos em que assembleias, reuniões e grupos de WhatsApp fazem parte da rotina condominial, o síndico que sabe se comunicar tem um diferencial valioso. Ele evita conflitos, conquista a confiança dos moradores e conduz sua gestão com mais clareza e assertividade.
Por isso, investir em treinamentos comportamentais, como os oferecidos pelo projeto Síndicos de Coragem, é uma excelente maneira de evoluir na função e entregar uma gestão mais eficiente e humana.

