Administrar um condomínio é muito mais do que cuidar de papéis ou emitir boletos. Envolve apoio ao síndico, mediação de conflitos, organização de assembleias, contratação de fornecedores e uso de ferramentas tecnológicas para agilizar processos.

Em Balneário Camboriú, cidade que recebe moradores de diferentes partes do Brasil, esse desafio se torna ainda maior — e, ao mesmo tempo, mais estimulante.

“Nossa ideia é unir a parte digital com o atendimento humanizado, oferecendo opções de aplicativo, site, WhatsApp e até malotes para quem prefere métodos mais tradicionais”, explica Luciana Lessa, responsável pela administradora Krieger, que há 22 anos atua no mercado. “Queremos atender cada condomínio de forma personalizada, de acordo com a necessidade do síndico.”

Tecnologia e humanização no dia a dia

A evolução tecnológica impactou a forma de trabalhar das administradoras. Se antes tudo era feito manualmente, hoje aplicativos e sistemas de automação simplificam tarefas como prestação de contas e controle financeiro.

“Nosso maior diferencial é o aplicativo”, conta Luciana. “Nele, os condôminos podem visualizar a prestação de contas, notas fiscais, saldo e outras informações em tempo real. Para quem não se adaptou ao digital, continuamos oferecendo canais como e-mail ou até o envio de documentos físicos.”

Apesar de todo o avanço, o toque humano permanece indispensável. “Temos pessoas capacitadas que adoram o que fazem; elas cuidam dos síndicos com muito carinho. A parte tecnológica facilita, mas o atendimento humanizado é o grande diferencial”, reforça.

Essa proximidade é especialmente útil em Balneário Camboriú, onde há muitos moradores idosos que, mesmo se esforçando para acompanhar as inovações, ainda preferem um atendimento mais tradicional.

Assembleias virtuais e presenciais

A pandemia acelerou a adoção das assembleias virtuais, mas a realidade se mantém híbrida. Segundo Luciana, vários condomínios aderiram de vez ao modelo online, por ser mais rápido e prático. Em condomínios onde há muitos proprietários vivendo em outras cidades, a transmissão pela internet possibilita maior participação.

No entanto, assembleias presenciais ainda resistem, seja pela necessidade de debates mais calorosos ou pelo perfil dos condôminos. “Alguns moradores gostam do encontro presencial, pois gera um clima mais social. Já outros, principalmente quem mora longe, preferem a praticidade do virtual”, comenta. De qualquer forma, a administradora deve se preparar para ambos os cenários e respeitar o que determina a convenção e o regimento interno do edifício.

A relação com o síndico profissional

Em uma cidade com muitos condomínios-clube, a figura do síndico profissional ganhou força. “Esses novos empreendimentos são complexos, então é comum que o síndico profissional tenha uma formação específica e atue de forma técnica, sem envolver questões emocionais. Isso facilita a resolução de conflitos e a tomada de decisões importantes”, diz Luciana.

Embora algumas administradoras também prestem serviço de sindicatura, a Krieger optou por focar exclusivamente na administração e no back office. “A gente faz a parte burocrática e financeira, e o síndico profissional cuida da gestão de pessoas e moradores. É uma parceria muito eficiente.”

Fornecedores e contratação confiável

Outro pilar fundamental é a contratação de fornecedores confiáveis. A administradora realiza cotações e apresenta opções que já tenham demonstrado qualidade de trabalho em outros condomínios, além de conferir reputação e histórico.

“Buscamos empresas idôneas, com preço justo e que realmente entreguem um serviço de excelência. Depois, encaminhamos tudo ao síndico, que pode levar a decisão à Assembleia, se necessário”, afirma Luciana. O suporte é ainda maior na hora de formalizar contratos e gerenciar pagamentos, evitando complicações legais ou financeiras.

Conclusão

Em conclusão, o papel de uma administradora de condomínios vai muito além de tarefas burocráticas: passa por entender as demandas de cada síndico, orientar condôminos, oferecer suporte na contratação de fornecedores, organizar assembleias e acompanhar tendências tecnológicas.

“Uma boa administradora é o braço direito do síndico. A ideia é que ele foque na gestão humana e no dia a dia do prédio, enquanto a administradora cuida do financeiro, do jurídico e do suporte técnico. Com isso, o condomínio ganha em eficiência, transparência e qualidade de vida para todos”, define, por fim, Luciana.

Lanume Weiss
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